COMO VÃO FICAR AS PENSÕES A PARTIR DE 2015

Como vão ficar as pensões em 2015?

A decisão tomada pelo Governo significa uma recuperação significativa do rendimento de muitos pensionistas. Na verdade, nenhum pensionista terá uma perda de rendimento superior face à solução CES; todos os pensionistas ganharão poder de compra.

A CES era transitória, enquanto esta contribuição será duradoura, algo a que o Governo se tinha comprometido.

Com esta proposta, o Governo pretende recuperar parte substancial dos rendimentos dos pensionistas, enquanto consolida a sustentabilidade dos sistemas, como são conhecidos.

 

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Tal proposta assenta numa contribuição de sustentabilidade que substitui a CES e que apenas se aplicará a reformas superiores a 1000 euros, seja para beneficiários da Caixa Geral de Aposentações, seja da Segurança Social. Tal significa que cerca de 95% dos pensionistas da segurança social ficam isentos e no conjunto dos dois sistemas ficam totalmente isentos de qualquer contribuição cerca de 87,5% dos pensionistas portugueses.

Esta contribuição de sustentabilidade que substitui a CES será igualmente progressiva e bastante mais leve. A taxa base que era de 3,5% passará agora a ser de 2% para pensões até 2000 euros, de 2% a 3,5% nas pensões entre 2000 euros e 3500 euros e de 3,5% para pensões de acima desse valor.

No escalão das pensões mais elevadas de todas, acima de cerca de 5000 euros onde há uma sobretaxa de 15% a 40%, sobre o remanescente acima de 11 IAS (4611 euros) e 17 IAS (7126 euros). O Governo manterá, em 2015, sobre essas pensões o valor desta sobretaxa, mas fará em 2016 e 2017, a respectiva remoção gradual.

O desafio mais importante é o de garantir a sustentabilidade dos sistemas públicos.

São os sistemas públicos que têm de ver a sua sustentabilidade assegurada, pois são estes que têm défices.

Os fundos privados, como os planos poupança reforma (PPR) já contribuem fiscalmente para o Estado. E são, sustentavelmente, autónomos.

 

Histórico da CES

A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) foi criada pelo Governo anterior no Orçamento de Estado para 2011, para reforçar a sustentabilidade financeira do sistema público de pensões, abrangendo os rendimentos superiores a 5000 euros.

A redução de pensões passou a estar prevista na versão inicial do Memorando de Entendimento, assinado pelo anterior governo, que se propunha reduzir as pensões acima dos 1500 euros com taxas progressivas. O atual executivo manteve este limite em 2011 e 2012.

Em 2013, o Governo consagrou o limiar de 1350 euros para a aplicação da CES. Mas devido à decisão do Tribunal Constitucional quanto à convergência dos sistemas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e considerando a necessidade de adotar medidas substitutivas para manter intactos os objetivos orçamentais para 2014, o Governo reduziu o limite inferior de aplicação para 1000 euros de pensão mensal, modificando ainda a sua progressividade.

Tags: pensões, solidariedade, impostos
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