O Governo conta que «no 1.º quadrimestre do ano de 2015 possam
ser beneficiados cerca de 20 mil desempregados de longa duração,
com o propósito de estimular a integração profissional e o seu
rápido regresso ao mercado de trabalho», afirmou o Ministro da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social na discussão na
especialidade do Orçamento do Estado para 2015, na Assembleia da
República. Pedro Mota Soares acrescentou que «foram transmitidas
orientações precisas ao Instituto de Emprego e Formação
Profissional para que passasse a utilizar de uma forma seletiva a
modalidade de formação Vida Ativa».
O Ministro referiu que «o desemprego de longa duração, é o que
sente maiores dificuldades, até porque apresenta uma relativa
rigidez quanto à oferta de emprego», pelo que o Governo procura
«orientar as respostas e os recursos para as situações mais
problemáticas».
Pedro Mota Soares sublinhou que «Portugal tem hoje menos 238 mil
pessoas no desemprego quando comparando com o primeiro trimestre de
2013», tendo-se registado «duas importantíssimas descidas»: «a do
número de desempregados de longa duração, que hoje sabemos serem
menos 83 mil que no inicio de 2013», «e a do número de jovens no
desemprego que face ao primeiro trimestre de 2013 desce 14%», sendo
que «no último ano os jovens desempregados diminuíram em 67
mil».
O Ministro referiu ainda, citando dados do INE, que «Portugal
criou 210 mil postos de trabalho nos últimos 6 trimestres. Há hoje
mais 210 mil empregos e estamos a falar de criação líquida de
postos de trabalho», que são na sua «esmagadora maioria a tempo
completo» e numa «percentagem superior a 80% em contratos sem
termo, isto é, empregos estáveis nos quadros das nossas
empresas».
Pedro Mota Soares afirmou ainda que «mesmo que entidades
externas possam não concordar com a nossa decisão, o Governo
entendeu e continua a entender, que é de elementar justiça que o
fruto da recuperação económica que estamos a ter seja distribuído
pelos salários mais baixos. Agora podemos dize-lo e também aí se
sente a diferença destes novos tempos - tenho orgulho deste aumento
do salário mínimo nacional! E não o acho em nada, mas nada,
prematuro».