«Portugal está a conseguir criar
emprego, apesar do crescimento económico ser hoje relativamente
diminuto», afirmou o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança
Social, Pedro Mota Soares, em declarações à Antena 1, depois de ser
revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que a taxa de
desemprego baixou para 13,51% no 3º trimestre de 2014.
Nos últimos 12 meses foram criados
95,7 mil novos empregos, com as pessoas empregadas a tempo inteiro
a aumentarem em cerca de 127,1 mil e as pessoas empregadas a tempo
parcial a diminuir em cerca de 31,4 mil.
Mota Soares disse também que «ao
contrário do que muitos economistas dizem ser possível, estamos a
assistir a uma criação de emprego. Os manuais de economia dizem
que, muitas vezes, para se ter crescimento - do ponto de vista do
emprego - só é possível com taxas de crescimento da economia acima
dos 2% e Portugal não está ainda neste nível».
«Acima de tudo, espero que a descida
do desemprego se continue a verificar», sublinhou o Ministro,
referindo que esta tendência tem a ver com «a resiliência dos
nossos trabalhadores e empregadores, para além das reformas levadas
a cabo pelo Governo no mercado de trabalho».
Segundo dados do INE, a taxa de
desemprego trimestral referente ao 3.º trimestre de 2014 foi de
13,1%, o que representa uma diminuição de 131 mil pessoas
desempregadas face ao mesmo período de 2013.
A redução do desemprego tem-se vindo
a verificar ao longo dos últimos seis trimestres seguidos,
representando uma diminuição de 4,4 pontos percentuais da taxa de
desemprego, face aos 17,5% registados no 1.º trimestre de 2013.
Em comparação com o 2.º trimestre de
2014, verifica-se uma redução de 40 mil pessoas desempregadas
devido à variação de menos 0,8 pontos percentuais da taxa de
desemprego.
Entre o 3.º trimestre de 2013 e o
3.º trimestre de 2014, o número de desempregados de longa duração
reduziu-se em 1,2 pontos percentuais, correspondente a 68,1 mil
pessoas.
Quanto ao desemprego jovem, houve -
no 3.º trimestre de 2014 - uma quebra de 4,2 pontos percentuais em
relação ao mesmo período do ano anterior, tendo-se registado menos
19,1 mil jovens desempregados no último ano.
Em termos sectoriais, e considerando o mesmo período de tempo, a
população empregada na área industrial e da construção aumentou
para cerca de 46,1 mil pessoas, nos serviços aumentou para cerca de
110,1 mil pessoas e na agricultura reduziu-se em cerca de 60,4 mil
pessoas.