A redução da taxa de desemprego para 13,6% em setembro «já é
muito próximo do número que o Governo prevê para o próximo ano;
acho que isto demonstra o realismo da previsão do Governo», afirmou
o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, numa
declaração sobre os dados divulgados pelo Eurostat sobre o
desemprego na União Europeia. Pedro Mota Soares acrescentou que «há
todas as condições para que, do ponto de vista da economia, do
ponto de vista da recuperação do emprego, este número venha a ser
uma realidade no próximo ano».
«São dados francamente positivos e que têm de nos dar esperança
e confiança», disse o Ministro, acrescentado que «têm que nos dar
esperança porque há 20 meses consecutivos que o desemprego tem
vindo a ser reduzido em Portugal»: Os números de setembro mostram a
diminuição de 117 mil pessoas desempregadas, no espaço de um ano,
face a setembro de 2013, e de 167 mil pessoas desempregadas, face a
setembro de 2012, dois anos antes. Estes números também dão
«esperança a quem está numa situação de desemprego e quer regressar
ou ingressar pela primeira vez no mercado de trabalho», afirmou
Pedro Mota Soares.
Os dados do organismo de estatísticas da União Europeia mostram
que, em setembro, a taxa de desemprego baixou para 13,6%, quer em
relação ao mês de agosto (13,9%), quer na taxa homóloga que compara
com mesmo período do ano passado (15,7%). O País registou a maior
queda homóloga da taxa de desemprego entre os Estados-membros da
União Europeia, a par com a Espanha (2,1 p.p.).
A taxa de desemprego corrigida de sazonalidade de setembro
(13,6%) é a mais baixa taxa de desemprego mensal corrigida de
sazonalidade desde outubro de 2011 (13,6%). Em setembro 2012 era de
16,4%, e em setembro de 2013, de 15,7%.
Quanto ao desemprego jovem, relativo a pessoas até aos 25 anos,
Portugal passou de 35,6% em agosto, para 35,2% em setembro, quando
no mesmo período de 2013 este valor era de 36,3%, tende descido
1,1p.p.
Mota Soares afirmou também que estes dados «dão confiança sobre
a recuperação da economia estar a gerar postos de trabalho»,
acrescentando que «o caminho que temos que continuar a fazer é
este, o de estimular a economia, o de estimular o crescimento».
No conjunto dos 28 países da União Europeia, a taxa de
desemprego média foi de 10,1%, tendo baixado 0,7% face ao período
homólogo de 2013. Considerando apenas a zona euro, a taxa de
desemprego foi de 11,5%, o mesmo valor registado em agosto,
ligeiramente abaixo dos 12% de setembro do ano passado.
As taxas de desemprego mais baixas mantém-se na Alemanha (5%) e
na Áustria (5,1%), enquanto as mais altas se registam na Grécia
(26,4%) e em Espanha (24%).