Parceiros sociais, 28 outubro 2014
 
2014-10-28 às 12:13

«O MAIOR ATIVO DOS PORTUGUESES É A COESÃO E A CONCERTAÇÃO ENTRE OS PARCEIROS SOCIAIS»

«Em tempos fáceis nada é difícil, é nos tempos difíceis que somos chamados a um outro patamar de sentido de Estado e de compromisso para com o País», afirmou o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, no seminário internacional promovido pela UGT intitulado «O Diálogo Social Pela Educação e Formação - Estratégias de intervenção e concertação para o desenvolvimento e o emprego», em Lisboa.

Acrescentando que «tem sido este o caminho percorrido por Portugal», o Ministro sublinhou: «O maior ativo dos portugueses é a coesão, o entendimento, e a concertação entre os parceiros sociais».

«Só por esta via se torna possível trilhar reformas profundas e estruturais como as já implementadas pelo Governo», sublinhou Pedro Mota Soares, lembrando que «nunca tinha sido celebrado um acordo tão estrutural, extenso e profundo com os parceiros sociais quanto este», e num «momento difícil para gerar equilíbrios, em que, tanto o Governo, como os representantes dos trabalhadores e das empresas sentiam o espartilho dos credores da troika».

E referiu: «Foi graças ao diálogo que avançámos num conjunto profundo de reformas para alcançar um mercado de trabalho mais ajustável à mudança da economia global, mais amigo da inovação, do investimento e do empreendedorismo, e mais pródigo na criação de emprego».

Afirmando que «foi o desemprego o ponto que mais motivou ao consenso» entre Governo e parceiros sociais, o Ministro acrescentou que este fenómeno foi «a herança mais dura a que tivemos de responder nestes últimos anos».

Contudo, hoje «Portugal regista na União Europeia a maior diminuição de desemprego, em termos homólogos», e «há mais 160 mil portugueses empregados do que no 1.º trimestre de 2013», sendo esta «uma tendência que se deve consolidar no futuro».

«Se temos sinais de recuperação económica e de crescimento, muito se deve às reformas feitas em diálogo social», realçou Pedro Mota Soares, referindo «medidas que alargaram a proteção de um conjunto de trabalhadores, como o subsídio de desemprego para os trabalhadores independentes, pequenos empresários, comerciantes e empresários em nome individual».

E acrescentou: «Não foi uma negociação fácil, houve momentos tensos e desafiantes, mas foi possível encontrar em determinados parceiros sociais, a serenidade, o sentido de Estado e a responsabilidade para levar a discussão a bom porto» e isto «traduz-se atualmente num acréscimo de qualidade de vida, de justiça e satisfação».

«A UGT tem sabido gerir bem o peso das responsabilidades, mas tem sido extremamente valiosa para Portugal e para os trabalhadores portugueses. Não queria deixar de enaltecer o importante papel que a UGT tem tido neste momento vital para a construção de Portugal», concluiu.

Tags: união europeia, reformas estruturais, solidariedade, emprego, trabalho, coesão, parceiros sociais, desemprego