O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro
Mota Soares, congratulou-se por a taxa de desemprego, apesar de
ainda ser elevada (14%), seguir «a trajetória correta, a
descendente, há mais de 20 meses». Estas declarações foram feitas
em Évora, onde o Ministro visitou a nova unidade industrial da
gráfica Calipolense, a Embraer, e o pólo tecnológico do centro de
emprego e formação profissional.
«Em mais de um ano e meio, assistiu-se a uma redução com muito
significado da taxa de desemprego», sublinhou o Ministro, lembrando
que Portugal «chegou a estar perto dos 18% de desemprego».
Com uma taxa de desemprego de 14% em agosto, segundo dados ontem
divulgados pelo Eurostat, Pedro Mota Soares acrescentou que este é
um número «ainda elevado e, por isto mesmo, temos que continuar a
trabalhar para que este número se possa continuar a reduzir». «A
taxa de desemprego, há cerca de 20 meses que já tem vindo a
reduzir-se em Portugal e isso é algo de muito importante, vai no
sentido correto».
O Ministro sublinhou ainda que «os dados do Eurostat mostram que
Portugal continua a ser um dos países que - na esfera europeia -
tem maior capacidade de reduzir o desemprego». Em termos homólogos,
Portugal teve a segunda maior queda da taxa de desemprego da União
Europeia.
«É fundamental continuarmos a trabalhar com esta capacidade de
ouvir também as empresas, de ouvir a economia, porque são as
empresas que mantêm e geram mais postos de trabalho», realçou Pedro
Mota Soares.
Referindo-se ao aumento do salário mínimo nacional, de 485 euros
para 505 euros, em vigor a partir de hoje, o Ministro afirmou que
«é fundamental que futuras atualizações passem a estar ligadas
à produtividade, tal como acordado agora com os parceiros sociais».
«Qualquer aumento do salário mínimo é um aumento que está para
ficar. Fundamental é ligarmos sempre atualizações futuras do
salário mínimo à produtividade do País, porque esta correlação é
que garante que estamos a ter um crescimento sustentável».
«O compromisso com os parceiros sociais para o aumento do
salário mínimo foi muito importante, não só porque se conseguiu
fazer um aumento até acima daquela que era a expectativa de muitas
pessoas, mas também porque se conseguiu ligar atualizações futuras
do salário mínimo à produtividade do País», acrescentou Pedro Mota
Soares.
E concluiu: «Hoje, felizmente, as condições do País, quer no que
toca ao crescimento económico, quer relativamente ao aumento da
produtividade, já permitem que haja uma distribuição mais justa
desse mesmo crescimento entre as empresas e os trabalhadores».