Assembleia da República, 8 julho 2014
 
2014-07-08 às 18:21

CRESCIMENTO ECONÓMICO E NÍVEIS DE EMPREGO SÃO OS FATORES DECISIVOS PARA O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

O Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou que «a inversão da tendência demográfica em Portugal é um desafio, sendo fatores decisivos para o aumento da natalidade o crescimento económico e os níveis de emprego». Estas declarações foram feitas na comissão de Segurança Social e Trabalho, da Assembleia da República.

«É preciso trabalhar na conciliação familiar, por via da rede de apoios à família, desde o nascimento até ao pré-escolar», acrescentou, referindo ainda: «Só em creches, por contributo da alteração legislativa de 2012 que permitiu a maximização de resposta, respeitando o parâmetro de qualidade e segurança a que nos habituámos, e por edificação de novos equipamentos, foi possível aumentar em 13 mil novas vagas a rede de oferta».

E sublinhou: «Está em causa uma medida fundamental, que o Governo conseguiu pôr em prática sem aumentar a despesa para o Estado ou para as famílias».

Por outro lado, Pedro Mota Soares afirmou que «a profissão das amas será liberalizada, deixando de estar exclusivamente dependente da esfera pública». «Assim, não só estaremos a criar uma nova profissão, como estaremos a regular uma atividade existente, criando novos postos de trabalho, e aumentando a oferta de serviço às famílias».

«Com as alterações na regulamentação da atividade das amas, estas pessoas terão de ter formação específica, e só poderão receber até quatro crianças, em condições de segurança e qualidade adequadas», explicou o Ministro.

Também em matéria de promoção da natalidade, Pedro Mota Soares afirmou que quer «simplificar o regime de IRS, de forma a privilegiar as famílias com mais filhos».

«No próximo quadro de fundos europeus, o Governo pretende avançar com medidas que reforcem a conciliação entre a vida familiar e profissional, e que promovam a natalidade», acrescentou o Ministro, referindo que esta será «uma medida que permita trabalho a tempo parcial, e que o posto de trabalho vago possa ser complementado por outra medida, desta feita de envelhecimento ativo, e que visa a criação de reforma a tempo parcial».

Ainda sobre o Portugal 2020, Pedro Mota Soares lembrou que «foi criado um fundo de inovação social, no valor de 122 milhões de euros, destinado às instituições sociais para que estas concretizem as ideias que até aqui a lei de bases não enquadrava».

Num balanço ao programa Garantia Jovem, o Ministro realçou: «O Governo, que já vinha considerando o combate ao desemprego jovem como uma prioridade estratégica no âmbito das políticas de emprego, consolida agora essa ação através deste programa e, em maio deste ano, contava já com mais de 91 mil abrangidos».

Tendo como objetivo o apoio ao emprego, à contratação, formação profissional ou estágio, o Garantia Jovem destina-se a pessoas com menos de 25 anos, mas esta fasquia foi elevada em mais cinco anos em Portugal, de forma a abranger mais beneficiários.

Quanto ao Fundo de Compensação do Trabalho, desde que foi criado, em outubro de 2013, que «foram já celebrados 544 mil novos contratos resultantes da adesão de cerca de 75 mil entidades empregadores, o que espelha bem a dinâmica que se vai sentindo no mercado, e a importância ao nível da proteção social que este mecanismo pode traduzir», concluiu Pedro Mota Soares.

Tags: impostos, emprego, pré-escolar, portugal 2020, garantia jovem, natalidade