Saúde, 13 julho 2015
 
2015-07-13 às 13:57

MELHORAR INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR NOS PRODUTOS ALIMENTARES É ESSENCIAL PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

«O Governo entende que o que é importante é conseguir pôr em prática uma melhoria da informação ao consumidor» para conseguir ganhos na saúde, afirmou o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, à saída de uma sessão sobre a extensão do Plano Nacional de Saúde a 2020, em Lisboa.

«Achamos que não é por taxar alimentos nocivos para a saúde que podem resultar consequências mais positivas no imediato, pelo que não basta ir apenas pela parte da tributação, até porque nem sempre esta é a via mais eficaz», referiu ainda o Ministro aos jornalistas, lembrando que «os alimentos essenciais têm uma taxa de IVA mais baixa, enquanto as bebidas açucaradas, por exemplo, têm uma taxa mais elevada, já sendo esta uma forma de diferenciação».

«O Governo já tributou adicionalmente o tabaco e o álcool, fazendo-o de maneira equilibrada», disse ainda Paulo Macedo, acrescentando que prefere «medidas de monitorização do consumo e de aumento de informação aos consumidores».

O Minisro informou também que «está previsto o início de um grupo de trabalho entre os Ministérios da Economia, da Agricultura e da Saúde, que espero que comece a funcionar ainda este mês, para dar um novo avanço no que deve ser a redução de sal».

No mesmo sentido, a diretora regional da Organização Mundial de Saúde para a Europa, Zsuzsanna Jakab, afirmou que «a prevenção de doenças é essencial nos próximos anos, designadamente na área alimentar».

«Portugal precisa de fazer um esforço na área do tabagismo, da obesidade, da obesidade infantil e de todos os problemas associados à alimentação e à nutrição, como o excessivo consumo de sal, açúcar e gorduras, e ainda em relação à promoção do exercício físico», acrescentou.

A extensão do Plano Nacional de Saúde para 2020 traça, precisamente, o combate à obesidade infantil como um dos principais objetivos a atingir, a par da redução do tabagismo.

A mesma responsável referiu também que «como acontece em todo o mundo, as doenças crónicas não transmissíveis são um grande desafio, pelo que é preciso manter o foco nesta área». «As políticas portuguesas na área da saúde são um exemplo para os outros países europeu. O País está no caminho certo», concluiu.

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