Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz
 
2014-10-17 às 13:37

«O ESFORÇO NA REFORMA DA JUSTIÇA TEM DE SER UMA TAREFA CONTÍNUA, PELO IMPACTO NA ECONOMIA DO PAÍS»

«O esforço na reforma da justiça tem de ser uma tarefa contínua, pelo impacto na economia do País», afirmou a Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, na abertura do Congresso dos Solicitadores e Agentes de Execução, em Aveiro.

Exemplificando, a Ministra referiu «a concretização do leilão eletrónico, após anos de consagração legal». «Hoje, graças à colaboração da Câmara de Solicitadores, os tribunais serão dispensados da abertura de propostas em carta fechada, permitindo a toda a sociedade participar na venda dos bens».

«No mesmo sentido reformista, vai o novo Código do Processo Civil, que valoriza a substância em vez da forma e responsabiliza todos os intervenientes, ao mesmo tempo que elimina expedientes dilatórios, impondo o máximo de verdade no mínimo tempo, e com menores custos processuais», acrescentou Paula Teixeira da Cruz.

Lembrando que «as medidas tomadas pelo Governo permitiram ainda a redução de processos pendentes nas ações cíveis de forma consistente», a Ministra referiu-se também às ações executivas: «O primeiro trimestre de 2014 foi o sexto consecutivo em que se reduziu o saldo processual, após duas décadas de constante aumento».

Paula Teixeira da Cruz afirmou que «as medidas tomadas pelo Governo para agilizar os processos de insolvência e recuperação de empresas fizeram com que - no primeiro trimestre de 2014 - estes já tenham diminuído 7,6% em relação a igual período do ano anterior».

«A nova organização judiciária é determinante para a melhoria do acesso e eficácia, o que pressupõe uma justiça com qualidade e rapidez, com a possibilidade das causas serem apreciadas por juízes especializados e do sistema ser escrutinado», acrescentou.

Referindo-se à plataforma informática onde estão armazenados os processos cíveis, a Ministra afirmou que «o Citius está hoje em pleno funcionamento. Houve um momento difícil, devido a falhas no sistema, mas o mesmo não correspondeu ao que tantas vezes vi afirmado. A reorganização judiciária acarretou constrangimentos que não eram desejáveis, mas - um mês depois - estes obstáculos estão ultrapassados».

«Pese as dificuldades com o Citius, não só recuperámos, como na próxima semana estaremos em condições de avançar com o Processo Pré-Executivo (PEPEX), que dispensa os credores de recorrer aos tribunais, dado o curto prazo de audição», acrescentou.

Paula Teixeira da Cruz explicou ainda: «A maior parte das espécies processuais nem passa pelo Citius, e - muitas vezes - aproveitam-se situações destas para criar mais dificuldades» ante reformas estruturais, como foi o caso do setor da justiça em Portugal.

«Antigamente, um processo executivo era para emoldurar numa parede, enquanto hoje se consegue resolver em três ou seis meses, e, com a entrada em funcionamento do PEPEX, menos ainda vai demorar. O que é o atraso de um mês numa reforma desta envergadura?» concluiu.

Tags: justiça, tribunais, reformas estruturais

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