2012-12-15 às 15:38

«ESTAMOS NO CAMINHO CERTO» PARA O CUMPRIMENTO DOS MEMORANDOS DA TROIKA

Portugal tinha «um insustentável desequilíbrio externo, níveis preocupantes de dívida privada e pública e reduzida flexibilidade na economia», afirmou o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, acrescentando que Portugal está «a corrigir cada um destes problemas» e que «fizemos um caminho sem precedentes». Estas declarações foram feitas pelo Secretário de Estado em entrevista ao jornal Expresso.

«Estamos no caminho certo e, em casos como o do ajustamento da conta externa, estamos a caminhar para o equilíbrio de forma mais rápida que o previsto», referiu Carlos Moedas, explicando por que é que - apesar do agravamento do ambiente económico - o memorando não deve ser revisto de uma forma mais aprofundada: «Ao contrário do que é a percepção geral, o memorando tem evoluído, adaptando-se à conjuntura».

Afirmando, porém, que esta é uma evolução «orgânica» e «ponderada», o Secretário de Estado afirma que «não podemos por em causa alguns princípios fundamentais, tais como a necessidade de equilibrar as contas, promover a robustez do sistema financeiro e executar as reformas estruturais há muito reclamadas».

«Em várias áreas, os memorandos têm provado saber adaptar-se à conjuntura», sublinhou Carlos Moedas, acrescentando que «a revisão recente das metas orçamentais é prova disso». Outro sinal de que o ajustamento está no bem encarreirado é «o facto de uma reestruturação da dívida nunca ter sido discutida com a troika», afirmou o Secretário de Estado.

E concluiu: «Se continuarmos com determinação e se o programa continuar a ter a capacidade de adaptação à conjuntura, estou convicto de que o programa acaba em 2014 e que Portugal sairá desta crise sem as fragilidades estruturais com que para ela entrou».

Tags: Memorandos de entendimento, economia, finanças, reformas estruturais