O Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos
Moedas, afirmou que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos
portugueses «não são em vão», uma vez que o regresso aos mercados é
a única maneira de «conseguirmos livrar-nos da troika». Estas
declarações foram feitas à margem do toque do sino na Bolsa de Nova
Iorque, a propósito da celebração do Dia de Portugal nesta
instituição.
Acrescentando que participar neste evento demonstra, exatamente,
a vontade de dar a conhecer a evolução da situação do País, e que é
importante explicar aos investidores que o que está a ser feito
está «a dar os seus frutos, para que Portugal ganhe credibilidade e
consiga financiar-se no mercado a taxas de juro aceitáveis», o
Secretário de Estado sublinhou ainda que «os mercados acreditarem
em nós é a única maneira de conseguirmos livrar-nos da troika».
Carlos Moedas realçou também a necessidade de cumprir o programa
de ajustamento para conseguir financiamento «da maneira normal», ou
seja, através do acesso ao mercado, e não dos credores
internacionais a que Portugal atualmente recorre: Fundo Monetário
Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu.
«Portugal tinha um custo com juros de 4,5 mil milhões de euros
em 2010, e hoje estamos acima dos 7 mil milhões. Isto é um grande
peso para os portugueses. O nosso trabalho é conseguir que essa
confiança volte», afirmou o Secretário de Estado.
Realçando que os credores internacionais creem que Portugal está
no bom caminho para a recuperação financeira, Carlos Moedas
concluiu: «Os nossos parceiros estão completamente alinhados
naquilo que é o programa de Portugal».