Guiné-Bissau, 6 julho 2015
 
2015-07-06 às 17:33

RESULTADO DO REFERENDO GREGO NÃO PÕE EM CAUSA «NEM A ZONA EURO, NEM A INTEGRIDADE DO EURO»

«Não creio que o resultado deste referendo ponha em causa, nem a zona euro, nem a integridade do euro», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, referindo-se ao voto maioritário contra as propostas da troika para o programa de assistência à Grécia. Estas declarações foram feitas na Guiné-Bissau, onde o Primeiro-Ministro se encontra em visita oficial, juntamente com os Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e da Saúde, Paulo Macedo.

O Primeiro-Ministro acrescentou: «Creio que, na União Europeia, nos últimos cinco anos, já passámos por situações bem mais complexas. Hoje, existe uma capacidade de responder e gerir situações de crise que não existia na altura».

«Não acredito que, depois de tudo o que passámos, se possa pôr em questão a integridade do euro», sublinhou Pedro Passos Coelho, afirmando que «o resultado do referendo de domingo, na Grécia, mostra claramente que o povo grego não está interessado nos moldes que foram apresentados para as negociações que se desenrolaram entre as instituições da troika e o seu Governo».

O Primeiro-Ministro referiu ainda que «devemos respeitar essa vontade, cabendo agora ao Governo grego saber como quer conduzir a situação do seu próprio país. Nós não podemos ingerir nos outros Estados. Nem Portugal, nem nenhum outro país da União Europeia tem o direito de estar a impor soluções à Grécia».

Nesta altura, cabe à Grécia escolher se quer ou não permanecer no euro e se quer ou não quer ter apoio externo nas condições que as regras do euro exigem. O povo grego agora é que tem a palavra. Não entendo que seja útil estar a adiantar seja o que for, porque cabe ao Governo grego saber como quer resolver os problemas da Grécia e ir ao encontro das expectativas dos gregos», concluiu.

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