«Faço um apelo aos empresários aqui presentes para que explorem as mais-valias e as oportunidades potenciadas pelo desenvolvimento da Guiné-Bissau», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, na abertura de um seminário económico sobre as relações entre Portugal e a Guiné-Bissau, em Bissau, onde se encontra numa visita oficial, acompanhado pelos Ministros de Estados e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e da Saúde, Paulo Macedo.
Sublinhando que, «para a Guiné, como para Portugal, um melhor futuro estará sempre associado a um nível superior de investimento porque é este investimento que poderá trazer mais rendimento e emprego», o Primeiro-Ministro acrescentou: «Creio que a promoção das iniciativas empresariais faz parte do caminho para a prosperidade».
O Primeiro-Ministro guineense, Domingos Simões Pereira, afirmou que quer «criar um ambiente de negócios favorável e promover o desenvolvimento da Guiné-Bissau, pois acreditamos que é através do setor privado que vamos vencer o desafio da geração de riqueza e emprego».
Após a assinatura, pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, do programa estratégico de cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau 2015-2020, cujo objetivo é apoiar a consolidação da democracia e desenvolvimento deste país em diversas áreas, o Primeiro-Ministro acrescentou: «Temos condições para não perder muito tempo e começar a executar alguns destes projetos».
Referindo que «as verbas (cujo valor total ascende aos 40 milhões de euros) irão sendo transferidas à medida que os projetos ficarem prontos a poderem ser executados do lado da Guiné-Bissau», Pedro Passos Coelho afirmou ainda que «o ritmo de execução depende dos projetos que vierem a aparecer, pois não temos uma fatia destinada a cada ano. Assim, é natural que uma parte importante do financiamento se possa concentrar nos primeiros anos».
«O importante é que os projetos estejam bem alicerçados e que, depois de serem executados, vão ao encontro do que são as necessidades de diagnóstico que constam do programa de cooperação», sublinhou o Primeiro-Ministro.
Domingos Simões Pereira afirmou que «a cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal está de boa saúde e os próximos tempos prometem trazer ganhos para os dois países. Mas, obviamente, com particular atenção para a Guiné-Bissau, que passa por um período bem mais difícil».
Pedro Passos Coelho apelou também à estabilidade política no país, referindo que, «apesar dos importantes progressos já alcançados, a situação permanece frágil» e «a credibilidade alcançada dependerá, em muito, da manutenção da estabilidade política».
O Primeiro-Ministro entregou, a título simbólico, 80 distintivos destinados à Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau, de um total de 1700 a atribuir, no âmbito da cooperação policial entre Estados. Pedro Passos Coelho afirmou ainda que será relançada a construção de um novo centro cultural português em Bissau.