O Primeiro-Ministro afirmou que a Cimeira extraordinária de Chefes de Estado ou de Governo da zona euro «foi importante para demonstrar o compromisso político de todos os Estados-membros» para encontrar uma solução para a Grécia. Pedro Passos Coelho sublinhou que não houve qualquer discussão sobre «planos alternativos quanto à eventualidade de não se chegar a um entendimento».
Numa declaração no final da cimeira, em Bruxelas, o Primeiro-Ministro acrescentou que também não houve discussão sobre qualquer «outro cenário que não fosse o de aguardar que uma solução pudesse ser encontrada nas próximas 48 horas», referindo que «a expetativa que existe é que é possível chegar a um entendimento, importante para todos»
«Houve coletivamente uma manifestação de interesse, que me pareceu perfeitamente genuína de todos, em que, tão rapidamente quanto possível, dado que o tempo se está a esgotar, uma solução de compromisso fosse encontrada», disse ainda.
Pedro Passos Coelho afirmou que Portugal reiterou «a disponibilidade para o diálogo e para que se encontre uma solução, mas evidentemente que seja uma verdadeira solução, e não uma falsa solução»; «uma falsa é aquela que não garante quer a sustentabilidade da dívida, quer a reforma estrutural necessária para o regresso ao crescimento económico, bem como à estabilidade orçamental».
A cimeira da zona euro «não tinha, nem poderia ter, como objetivo encontrar uma solução», uma vez que as negociações são entre o Governo grego, as instituições credoras (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu), e o Eurogrupo (formado pelos Ministros das Finanças da zona euro).