Economia social, 5 dezembro 2014
 
2014-12-05 às 20:48

«A CRISE ECONÓMICA NÃO AGRAVOU AS DESIGUALDADES, HOUVE ATÉ UMA TENDÊNCIA PARA CORRIGIR ALGUMAS DELAS»

«A crise económica não agravou as desigualdades, houve até uma tendência para corrigir algumas delas», afirmou o Primeiro-Ministro no encerramento de um seminário sobre Economia Social, organizado pela União de Misericórdias de Portugal, em Braga. Pedro Passos Coelho acrescentou que «muitas pessoas tiveram uma contribuição para resolver a crise que, provavelmente, nunca pensaram que seriam chamados a ter».

Durante a crise, «ao contrário do que era o jargão popular de que "quem se lixa é o mexilhão", de que "são sempre os mesmos...", desta vez todos contribuíram e contribuiu mais quem tinha mais», afirmou o Primeiro-Ministro, acrescentando que «disso não há dúvida». Contudo, na nossa sociedade, as desigualdades continuam «muito grandes»: «não apenas a riqueza está mal distribuída mas as oportunidades também estão mal distribuídas».

«Os senhores - disse Pedro Passos Coelho referindo-se às Misericórdias, Mutualidades e Instituições de Solidariedade -, têm possibilidade de serem um catalisador muito importante na atitude que os portugueses podem tomar sobre a realidade de hoje e do futuro», pois «sabemos como a atitude que temos pode ser a diferença entre ficar numa situação de dependência e assistência ou poder aumentar as nossas possibilidades de futuro».

O Primeiro-Ministro disse-se convencido de estar «desenvolver as condições para ajudar aqueles que tem boas ideias» - «Boas ideias e atitude positiva não se decretam», disse -, uma vez que que não pode, e não deve, ser o Governo a fazer tudo.

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