Empresas da Madeira, 12 novembro 2014
 
2014-11-12 às 23:41

EXISTE UMA DIREÇÃO ESTRATÉGICA NA SOCIEDADE E NA ECONOMIA E «ESTÁ A APRESENTAR RESULTADOS»

«Uma sociedade, uma economia precisa de direção estratégica», e essa orientação «existe e está a apresentar resultados», afirmou o Primeiro-Ministro no jantar da conferência das 100 Maiores e Melhores Empresas da Madeira, no Funchal. Pedro Passos Coelho acrescentou que, contudo, «precisamos de um amplo entendimento social coletivo» em torno desta orientação.

Sem esta orientação estratégia, Portugal «lança-se numa aventura que não tem qualquer destino e por melhor que possa remar, por mais orientações e inputs novos que coloque para a bimby das previsões económicas (…) andará completamente à deriva, sem saber para onde caminhará», afirmou o Primeiro-Ministro.

Mas Portugal também necessita do envolvimento de toda a sociedade, o que «depende do Governo, das empresas, das famílias, instituições, sociedade civil, sindicatos», e outras entidades, uma vez que os resultados económicos «ainda são demasiado magros», disse Pedro Passos Coelho.

Referindo que o País tem conseguido apresentar resultados positivos, «embora ainda tenha um longo caminho a percorrer». «Não temos uma autoestrada à nossa frente, temos um caminho relativamente estreito», afirmou o Primeiro-Ministro, acrescentando ser necessário «começar a responder de forma categórica à fraca demografia», pois Portugal é um dos países com maior taxa de decréscimo populacional do espaço europeu.

Pedro Passos Coelho acrescentou que «fazemos ponto de honra que 2015 seja o ano em que Portugal fica com um défice abaixo de 3%, isto é que o nosso País deixe de ter um défice excessivo». 2015 «será o terceiro ano em que teremos um excedente primário, quer dizer que se não contarmos com o peso da dívida e o custo que ela tem, o Estado já estará a realizar poupanças que permitem diminuir o stock da dívida e, portanto, pagar menos juros no futuro», acrescentou. Contudo, sublinhou, o País «precisa concentrar-se em crescer mais do que está previsto».

O Primeiro-Ministro afirmou também que o Governo não pode ser acusado «de não governar», uma vez que «tem assumido todas as suas responsabilidades de governação». Mas é também importante que «o diálogo entre partidos, como também entre o Governo e a oposição, seja o mais construtivo possível». Não sendo preciso «estarem todos de acordo, nem elogiarem-se uns aos outros», deve haver «um diálogo construtivo e compromissos para futuro».

«Nessa medida, continuo a mostrar-me inteiramente disponível e interessado em ajudar a aprofundar com os partidos da oposição», e sobretudo «com o maior partido da oposição, todo o diálogo que for importante para os portugueses», referindo-se às matérias fiscais (IRS e fiscalidade verde) propostas pelo Governo à Assembleia da República, desejando que «esse diálogo possa ser útil e profícuo e possamos, ainda antes das eleições, gerar entendimento sobre matéria importante para todos os portugueses e não apenas para o Governo».

Tags: primeiro-ministro, economia, união europeia, impostos, défice, dívida