Pós-Troika, 12 março 2014
 
2014-03-12 às 11:04

A DISCIPLINA ORÇAMENTAL ESTÁ AO SERVIÇO DE UMA SOCIEDADE MAIS PRÓSPERA E MAIS JUSTA

O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que «a disciplina orçamental não é um fim em si mesmo, está ao serviço de uma sociedade mais próspera e mais justa e é nesse grande objectivo que temos de nos concentrar» na sessão de abertura da conferência «Portugal Pós-Troika», organizada pelo Jornal de Negócios/Renancença.

Pedro Passos Coelho reiterou e elogiou a disponibilidade que os «portugueses mostraram» ao longo do processo de ajustamento, afirmando que «estão disponíveis para fazer sacrifícios desde que sejam condição para um futuro melhor» e «nós sabemos o que significa um futuro melhor»

O principal objectivo no pós-troika é «fazer crescer a economia, pôr as instituições ao serviço dos cidadãos, corrigir as desigualdades e promover a justiça social».

Para uma melhor consolidação neste período pós-troika é fundamental um «compromisso político alargado em torno da estratégia orçamental para os próximos cinco anos» , «quer as políticas se inclinem mais para a esquerda, quer se inclinem mais para a direita».

O Primeiro-Ministro prometeu disponibilizar à oposição a melhor informação disponível para discutir o Documento de Estratégia Orçamental e anunciou que vai convidar o líder do PS para discutir de forma aberta este documento.

Pedro Passos Coelho referiu ainda que «temos diante de nós a possibilidade de voltarmos a fazer as nossas próprias escolhas» e acrescentou, «sabemos o que temos de fazer e conhecemos o preço que pagaremos por não o fazer».

O Primeiro-Ministro realçou que este é o momento para «rejeitarmos os fatalismos que tantas vezes na nossa história nos inibiram de acreditar que podemos viver numa sociedade mais próspera e mais justa», acrescentando que Portugal é «uma nação respeitada e que quer ter uma palavra a dizer na história da globalização». Este é ainda o momento para nos «mobilizarmos com a confiança de quem quer tomar o seu próprio futuro nas suas mãos».

«Precisamos que a Europa acompanhe adequadamente os ajustamentos necessários das economias do sul» e para isto, referiu Pedro Passos Coelho, «precisamos de regras claras e iguais para todos, instituições funcionais e processos de decisão e de implementação racionais e atempados», mas precisamos também de «agir rapidamente para corrigir os desequilíbrios que ameaçam a União».

O Primeiro-Ministro referiu ainda que devemos aprofundar a solidariedade europeia, mas não ficar à espera que a Europa resolva os problemas do País: «Contamos com a solidariedade da Europa, que deve corresponder às novas exigências, mas também sabemos que temos de assumir a responsabilidade nacional, que acaba por ser o outro lado da moeda».

Tags: primeiro-ministro, orçamento, programa de assistência económica e financeira, união europeia, justiça social