Prémio Carlos V,16 janeiro 2014
 
2014-01-16 às 12:09

EUROPA DEVE «CONTINUAR A AVANÇAR NO SENTIDO DO APROFUNDAMENTO» DA UNIÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA

O Primeiro-Ministro afirmou que «devemos continuar a avançar no sentido do aprofundamento da União Económica e Monetária e, ao mesmo tempo, devemos encurtar significativamente o tempo entre a tomada das decisões e a sua efetiva execução» na União Europeia, no seu discurso na cerimónia de entrega do Prémio Europeu Carlos V ao Presidente da Comissão Europeia e ex-Primeiro-Ministro José Manuel Durão Barroso. Na cerimónia, em Cáceres, Espanha. Pedro Passos Coelho acrescentou que estes avanços são urgentes «porque o nosso trabalho ainda não se encontra acabado, nem a nível nacional, nem a nível europeu».

Por outro lado, deve haver «consistência entre as respostas da União, e entre as respostas da União e as respostas dos Estados-membros», sendo «necessário que as várias políticas da União concorram para o objetivo fundamental que definimos de crescimento económico sustentável e de justiça social e que nos dotemos de todos os instrumentos necessários para o alcançar». Do mesmo modo, sublinhou, «é igualmente indispensável que as políticas nacionais, económicas e orçamentais, ajudem - e não subvertam - o interesse europeu».

O Primeiro-Ministro afirmou igualmente a necessidade de «união entre os Estados e os povos europeus. É nesta natureza voluntária e de proveitos mútuos que radica o projeto da moeda única. Devemos sempre salvaguardar e ter presente esta condição indispensável, ultrapassando preconceitos e divisões artificiais entre norte e sul, entre centro e periferia, entre credores e devedores».

Temos o« compromisso europeu de fazermos as pontes de superação destas divisões entre todos, de conciliarmos diferentes pontos de vista que resultam - não nos podemos esquecer - da própria liberdade democrática. Por outras palavras, o compromisso de não permitirmos que a Europa se vire contra si própria».

«A União - declarou ainda Pedro Passos Coelho - soube sempre conviver com a diversidade. Mais, a união na diversidade está no nosso código genético. É esta a nossa riqueza comum e o nosso principal desafio para os próximos dez anos, ao mesmo tempo que construímos um edifício mais sólido e inclusivo para o Euro. Sobretudo num momento em que a Europa e a moeda única dão sinais crescentes de vitalidade e de ter iniciado um novo ciclo de crescimento, deixando para trás um período de turbulência e, inegavelmente, de ansiedade».

O Primeiro-Ministro deslocou-se ao mosteiro de Yuste, Cáceres, Espanha, para estar presente na cerimónia de entrega do Prémio Carlos V atribuído a Durão Barroso pela Fundação Academia Europeia de Yuste (o convento onde o imperador terminou os seus dias depois de renunciar ao ceptro). Na cerimónia estiveram também presentes, além de Durão Barroso e Pedro Passos Coelho, o Presidente do Governo da região da Extremadura, José Antonio Monago Terraza, o Presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy, e o Princípe das Astúrias, Felipe de Borbon.

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