Visita do Presidente da Colômbia, 15 novembro 2012
 
2012-11-15 às 11:38

«PORTUGAL ESTÁ A CONSEGUIR ATINGIR AS METAS» DO PROGRAMA DE AJUSTAMENTO

«Ao cabo de ano e meio, Portugal está a conseguir atingir as metas a que se tinha proposto no programa de ajustamento», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, acrescentando que «isto significa uma grande esperança para todos aqueles que, vivendo em Portugal, precisam de ganhar confiança em relação ao futuro, mas significa também uma expectativa muito positiva para todos aqueles que olham para Portugal como um destino profissional ou de investimento». Estas declarações foram feitas no fórum empresarial que decorre no âmbito da visita a Portugal do Presidente da República da Colômbia, Juan Manuel Santos, em Lisboa.

Referindo a evolução das exportações portuguesas, o Primeiro-Ministro afirmou que, nos próximos meses, Portugal deverá alcançar pela primeira vez em décadas um excedente comercial: «Sabemos que isto se deve, evidentemente, às dificuldades da procura interna, à redução forçada importações, mas sabemos também que temos conseguido ganhar quotas de mercado e ter um desempenho das exportações não explicado pelo arrefecimento da procura global» até porque «as empresas portuguesas têm feito o trabalho de casa de forma notável, adaptando-se de forma muito flexível às circunstâncias e olhando os mercados externos cada vez com mais interesse e rapidez».

Esta adaptação das empresas tem sido a chave do processo de ajustamento financeiro português assinado com os credores internacionais: «Temos conseguido, em muito pouco tempo, fazer no plano externo aquilo que o Fundo Monetário Internacional estimava que demorássemos quase seis anos a fazer» pois «não apenas estaremos muito próximos de alcançar este excedente comercial a curto prazo, como teremos possibilidade da nossa balança corrente alcançar um equilíbrio que não tínhamos há algumas décadas».

O Primeiro-Ministro afirmou ainda que «a dinâmica de exportação, reexportação e investimento, e parcerias locais tende a ser muito bem-sucedida com os indicadores oficiais das exportações e também com os indicadores do investimento a crescerem». Isto significa que o País está a recuperar confiança e credibilidade: «Claro que durante todo este processo as dificuldades criam zonas de desânimo e algum desalento, mas os portugueses sabem hoje que para vencer esta crise não podemos voltar aos erros do passado» já que «o País tem de viver de acordo com as suas disponibilidades».

E concluiu: «É tempo de acrescentar valor às exportações e transformar de forma mais aprofundada as políticas públicas e a forma como o próprio Estado está organizado, para poder assegurar e garantir a coesão social e a realização efetiva dos direitos sociais mais elementares».

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