Declaração sobre o Orçamento do Estado, 8 outubro 2012
 
2012-10-08 às 12:19

«OS PORTUGUESES DEVERÃO ESPERAR UM ORÇAMENTO QUE É DE DIFICULDADE MAS QUE NÃO DEIXA DE SER MAIS JUSTO»

«Os portugueses deverão esperar um orçamento que é de dificuldade, que representa um acréscimo muito significativo da carga fiscal para o próximo ano mas que não deixa de ser um orçamento mais justo», afirmou o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, explicando que se fará uma «divisão equitativa do esforço que é pedido a todos os portugueses na medida em que os rendimentos são taxados de uma forma mais alargada e mais progressiva». Estas declarações foram feitas à saída do seminário «A Emigração Portuguesa na Europa - Desafios e Oportunidades», no Porto.

Para o Primeiro-Ministro, este orçamento «permite recuperar a autonomia financeira e orçamental do País». Acrescentando que este «não deixará de conter, também, mensagens muito específicas sobre o crescimento e a criação de emprego», Pedro Passos Coelho referiu que estas medidas «têm vindo a ser exploradas e trabalhadas ao nível da Concertação Social».

«A nossa premissa é de que a crise europeia não se vai aprofundar e que, portanto, os nossos parceiros comerciais - dado que serão as exportações a liderar este caminho de crescimento da economia - não irão ter a sua situação mais degradada do que aquilo que hoje, quando fazemos as previsões, temos em linha de conta». Por este motivo, Pedro Passos Coelho afirmou que «a previsão é de que, a partir do segundo semestre de 2013 o nível da atividade económica possa recuperar».

E concluiu: «Este é um orçamento difícil, o mais difícil - provavelmente - de todos os orçamentos durante este período da execução do memorando de entendimento. Queremos continuar a atacar o défice e a despesa para não termos a troika em Portugal por mais tempo do que o estritamente necessário. Queremos continuar a atacar o défice e a despesa para que, brevemente, possamos dizer de cabeça erguida aos nossos parceiros internacionais: ontem vieram em nossa ajuda. Nós agradecemos e retribuiremos, mas hoje retomamos a nossa autonomia para nunca mais a abandonar».

Tags: orçamento, economia, Memorandos de entendimento, programa de assistência económica e financeira, emprego