Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete
 
2014-11-12 às 15:55

«ASSUMIMOS A MÁXIMA PRIORIDADE AO ACOMPANHAMENTO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS RESIDENTES NO ESTRANGEIRO»

«Assumimos a máxima prioridade ao acompanhamento das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro», afirmou o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, acrescentando que «a mobilidade dos cidadãos assume-se hoje como elemento estruturante de uma nova realidade económica e social, à qual o Ministério dos Negócios Estrangeiros não pode ficar indiferente e se deve adaptar, enquadrando-a nos interesses específicos da política externa portuguesa».

Estas declarações foram feitas na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2015, na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República.

Sublinhando que «o Governo desenvolveu novas formas de assegurar a representação externa e a proximidade com as comunidades portuguesas», o Ministro referiu as principais medidas tomadas com este objetivo:

  • Novas permanências consulares que permitiram chegar a comunidades geograficamente mais isoladas das áreas abrangidas pela rede de embaixadas e consulados;
  • Avaliação e certificação da aprendizagem no ensino da língua portuguesa no estrangeiro, incentivos à leitura, e definição de novos critérios de exigência face aos manuais escolares;
  • Novas parcerias no âmbito cultural e de apoio social, dando continuidade ao alargamento da rede dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante, que já são mais de 100.

«São medidas decisivas na consolidação de políticas concretas de mobilização dos luso-descendentes, num momento em que o fenómeno migratório atinge uma dimensão de grande significado», realçou Rui Machete.

Lembrando que «este é o primeiro Orçamento do Estado desta legislatura sem a presença da troika em Portugal», o Ministro afirmou que «temos maior autonomia orçamental, mas mantemos a nossa responsabilidade orçamental».

«Há uma linha de continuidade com o trabalho particularmente exigente que fizemos nos últimos três anos, num processo de adaptação permanente para conciliar, por um lado, uma racional utilização dos menores recursos disponíveis e, por outro, a manutenção do elevado nível de exigência que sempre pautou a atuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros e, evidentemente, de todos os seus funcionários, no cumprimento da sua missão», acrescentou Rui Machete.

Referindo que, «entre 2011 e 2015, o orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros sofreu uma redução de 17%, contribuindo para o objetivo global de redução da despesa pública», o Ministro explicou: «Este esforço traduziu-se na reorganização da rede externa diplomática, e na procura de soluções alternativas para fazer face aos constrangimentos existentes, mantendo a mesma ambição no que respeita à projeção de Portugal no mundo, ao apoio às comunidades e à promoção da língua e da cultura portuguesas».

«No próximo ano, manteremos um contributo positivo para o esforço global de redução da despesa pública, refletido no decréscimo da despesa consolidada do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em 1,1%», concluiu.

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