Conselho de Ministros, 23 julho 2015
 
2015-07-23 às 13:59

GOVERNO APROVA VENDA DA CP CARGA E DESISTE DA PRIVATIZAÇÃO DA EMEF

O Conselho de Ministros aprovou a privatização da CP Carga, vendendo a empresa do grupo CP ao grupo MSC Rail por 53 milhões de euros. O Conselho decidiu também anular a privatização da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).

«A privatização da CP Carga foi adjudicada ao grupo MSC Rail», afirmou a Secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, onde também esteve presente o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

E acrescentou: «A privatização da EMEF não é para avançar, porque não estavam criadas as condições necessárias, devido ao processo de auxílios de Estado que está em curso em Bruxelas, e que traz dúvidas relativamente ao futuro da empresa».

Referindo-se à privatização da CP Carga, o Secretário de Estado afirmou que o valor total da operação «é de 53 milhões de euros, estando também contemplada, na proposta vencedora, a assunção de dívidas a entidades públicas».

«Ficou ainda estabelecido que a MSC Rail não fará uma revisão unilateral de preços aos clientes da CP Carga, ajustando o acordo de revisão à inflação, o que foi outra condição favorável à adjudicação da empresa a este grupo», acrescentou Sérgio Monteiro, explicando que «assim se salvaguardam, quer os interesses do Estado (em promover o transporte ferroviário), quer os interesses dos clientes da empresa».

Quanto à privatização da EMEF, o Secretário de Estado afirmou que esta operação «não é para avançar, devido aos riscos envolvidos. Não estando salvaguardados os objetivos da EMEF, não se avança».

«O objetivo era promover emprego de longo prazo sustentável. Contudo, devido a uma queixa apresentada em Bruxelas (pela Bombardier, concorrente à privatização da EMEF), foi aberto um processo de auxílios de Estado que representa uma ameaça ao futuro da empresa, obstaculizando à prossecução desta operação», concluiu.

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