Telecomunicações, 20 novembro 2014
 
2014-11-20 às 20:34

TERMINADO O PROGRAMA DE AJUSTAMENTO, É PRECISO CONTINUAR A REFORMAR O PAÍS

Concluído o programa de ajustamento, «o País tem agora autonomia para escolher uma de entre duas opções: cingir-se ao muito que já foi feito e admitir que as restrições terminaram com o Programa, ou reconhecer que ainda há muito por fazer e enfrentar os desafios de frente», afirmou a Ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, no encerramento do Congresso das Comunicações, em Lisboa.

«A escolha cabe aos portugueses, mas parece-me importante explicitar as consequências de ambas as opções», sublinhou a Ministra, referindo que «a primeira opção refletiria ignorar a evolução da economia portuguesa nos últimos 20 anos».

Maria Luís Albuquerque afirmou que «a segunda via é a opção pela responsabilidade, e enquadra-se na atuação preventiva». Os desafios do mundo presente «podem não parecer tão prementes, mas rapidamente serão condicionantes, caso não sejam enfrentados».

«Identificadas as causas da crise, a atuação preventiva assenta em dois pilares: a consolidação dos resultados obtidos com a atuação corretiva e a manutenção do mesmo empenho reformista», afirmou a Ministra, realçando que «os resultados obtidos até agora não podem ser entendidos como um ponto de chegada, pois constituem apenas o final da primeira etapa».

Maria Luís Albuquerque referiu que o programa de ajustamento «tornou-nos mais capazes de enfrentar os desafios, e colocou-nos mais perto de os superar. Evidenciou, também, que o cumprimento e a responsabilidade dão lugar a um ciclo virtuoso de resultados e de credibilidade. Para podermos continuar a beneficiar deste ciclo, teremos de manter este caminho de ambição, ancorado numa determinação permanente de reformar o País».

A Ministra concluiu afirmando: «O País tem autonomia para escolher entre o facilitismo do passado ou trabalhar para um futuro de maior prosperidade. E tem o dever de escolher com responsabilidade».

Congresso das Comunicações Tags: programa de assistência económica e financeira, reformas estruturais