A Ministra da Agricultura e do Mar afirmou que o investimento público para as 22 empreitadas em curso para concluir o projeto de regadio do Alqueva ascende a 200 milhões de euros. Assunção Cristas, que falava após a inauguração da ligação do Alqueva ao perímetro de rega da barragem da Vigia, em Redondo, acrescentou que o objetivo de concluir o projeto de Alqueva no final de 2015 «mantém-se e vai ser cumprido».
«O meu compromisso era, até ao final de 2015, ter a obra concluída e posso garantir que, nesta campanha de rega, temos 88 mil hectares a regar» e que, «na próxima, teremos os 120 mil hectares (ha) concluídos», afirmou a Ministra. Atualmente, estão em curso trabalhos para irrigação de 30 mil ha, com entrada em exploração prevista para a campanha de rega de 2016.
Este investimento público em regadio «tem tido um bom eco junto dos agricultores que aderem cada vez mais, e fazem grandes investimentos», pelo que «os euros gastos neste empreendimento do Alqueva são euros de dinheiro público muitíssimo bem gastos, porque multiplicam muito as possibilidades de investimento na agricultura».
Além dos novos regadios, o projeto do Alqueva «tem tido a possibilidade de ajudar outros empreendimentos de rega já existentes», como o do perímetro da Vigia, que «tinha escassez de água»: «a cada cinco anos, havia um ano ou dois anos em que tinham falta de água», referiu Assunção Cristas, acrescentando que «foi possível fazer uma ligação de Alqueva à Vigia e passar a dar a garantia de estabilidade da água» a este perímetro de rega.
«É este trabalho concertado entre a obra nova, a reabilitação da obra antiga e a possibilidade de ligação dos vários perímetros que eu acho que é uma aposta muito forte e muito ganha no Alentejo e no País», afirmou.
Respondendo a perguntas de jornalistas, a Ministra referiu-se ao aumento de capital da empresa gestora do Alqueva - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) -, em cerca de 3,2 milhões de euros: «a EDIA é uma empresa muito endividada porque, infelizmente, no passado, a opção do Governo» anterior «não foi colocar dinheiro para fazer a obra, mas foi autorizar a EDIA a contrair dívida», que ascende atualmente a 700 milhões de euros.