2015-03-04 às 18:17

HÁ 100 MILHÕES DE EUROS PARA INVESTIGAÇÃO NO SETOR AGROALIMENTAR

«Através do Plano de Desenvolvimento Regional 2020, vamos ter 100 milhões de euros para a experimentação e investigação, e esta é uma oportunidade única para aproveitarmos a fase de crescimento notável no setor agroalimentar», afirmou o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira de Brito, à agência Lusa, durante uma visita ao Tecnopólo do Vale do Tejo, em Abrantes.

Referindo que «este ano tivemos o valor máximo de exportação do agroalimentar, com mais de seis mil milhões de euros, e para países que vão além dos mercados tradicionais», o Secretário de Estado acrescentou que «também a produção está em franco crescimento, porque reduzimos o nosso défice alimentar em 680 milhões de euros, o que significa que estamos a produzir mais e estamos a exportar mais, e este caminho de crescimento só tem futuro se houver inovação».

«O plano estratégico nacional para este setor será oficialmente apresentado dia 20 de março», afirmou ainda o Secretário de Estado, sublinhando que «o País tem de criar redes e parcerias ao nível científico, tecnológico e empresarial, aproveitando a sua biodiversidade, que - ao nível do agroalimentar - é das mais ricas do mundo».

Nuno Vieira de Brito explicou que «a estratégia do Governo assenta numa visão de conjunto, que engloba a necessidade de melhorar a produtividade e valorizar os recursos, olhar para as alterações climáticas, e encontrar as melhores áreas de intervenção em cada um dos sectores».

Ressalvando que «a valorização do setor primário e agroalimentar passa pelos centros de inovação e conhecimento, como o Tecnopolo do Vale do Tejo, e pela especialização inteligente destes equipamentos», o Secretário de Estado concluiu: «Portugal é um país pequeno, não se pode dar ao luxo de ter réplicas destes centros de inovação e investigação que retirem massa crítica. Devemos, antes, ter áreas de intervenção e especialização inteligente, através da criação de um cluster agroalimentar e de um cluster florestal, com a agregação dos vários polos divididos por setores temáticos, como o tomate, o sobreiro e a cortiça».

 

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