Resíduos, 3 dezembro 2014
 
2014-12-03 às 15:56

ESTAÇÃO VAI TRATAR EFLUENTES DE 400 SUINICULTURAS DA REGIÃO DE LEIRIA

A construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas (ETES) de Leiria deverá constituir «uma solução sólida, definitiva e sustentável» e «que traga de volta o bom nome do setor da suinicultura», afirmou a Ministra da Agricultura e do Mar. Assunção Cristas disse espera que «esta solução de Leiria seja pioneira e inspiradora para outras áreas».

A Ministra presidiu à entrega do contrato de financiamento aprovado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) a todos os parceiros, «um passo estruturante e fundamental para que seja desta que o assunto se resolva», acrescentando esperar que seja «o início do fim da resolução deste problema e que possamos ter uma solução que possa ser usada noutras regiões do País e ser exportada».

«O consórcio que está a dedicar-se a esta matéria vai poder lançar o concurso público internacional, com o conforto de ter 45% de verba a fundo perdido financiado pelo Proder», explicou Assunção Cristas. O concurso deverá ser lançado dentro de três meses.

«A parte do Estado está feita», afirmou ainda a Ministra, acrescentando que «queremos uma solução que seja estável, duradoura e sólida de todos os pontos de vista e, por isso, continuaremos a acompanhar e a monitorizar esta matéria».

A ETES do Lis, projetada para a freguesia de Amor, vai tratar cerca de 900 metros cúbicos de efluente diário de mais de 400 explorações pecuárias em toda a bacia hidrográfica do rio Lis e abrange os concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Marinha Grande e Pombal.

O problema da poluição das linhas de água pelas suiniculturas de Leiria arrasta-se há 20 anos. O processo envolve o Ministério da Agricultura e do Mar, o Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, as autarquias da Batalha, Porto de Mós e Leiria, e as entidades promotoras (Recilis, Fomentinvest e Luságua) responsáveis pela construção, instalação e exploração da ETES.

Tags: ambiente, pecuária, água, resíduos