A construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas
(ETES) de Leiria deverá constituir «uma solução sólida, definitiva
e sustentável» e «que traga de volta o bom nome do setor da
suinicultura», afirmou a Ministra da Agricultura e do Mar. Assunção
Cristas disse espera que «esta solução de Leiria seja pioneira e
inspiradora para outras áreas».
A Ministra presidiu à entrega do contrato de financiamento
aprovado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) a todos os
parceiros, «um passo estruturante e fundamental para que seja desta
que o assunto se resolva», acrescentando esperar que seja «o início
do fim da resolução deste problema e que possamos ter uma solução
que possa ser usada noutras regiões do País e ser exportada».
«O consórcio que está a dedicar-se a esta matéria vai poder
lançar o concurso público internacional, com o conforto de ter 45%
de verba a fundo perdido financiado pelo Proder», explicou Assunção
Cristas. O concurso deverá ser lançado dentro de três meses.
«A parte do Estado está feita», afirmou ainda a Ministra,
acrescentando que «queremos uma solução que seja estável, duradoura
e sólida de todos os pontos de vista e, por isso, continuaremos a
acompanhar e a monitorizar esta matéria».
A ETES do Lis, projetada para a freguesia de Amor, vai tratar
cerca de 900 metros cúbicos de efluente diário de mais de 400
explorações pecuárias em toda a bacia hidrográfica do rio Lis e
abrange os concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Marinha
Grande e Pombal.
O problema da poluição das linhas de água pelas suiniculturas de
Leiria arrasta-se há 20 anos. O processo envolve o Ministério da
Agricultura e do Mar, o Sistema Multimunicipal de Saneamento do
Lis, as autarquias da Batalha, Porto de Mós e Leiria, e as
entidades promotoras (Recilis, Fomentinvest e Luságua) responsáveis
pela construção, instalação e exploração da ETES.