A Ministra da Agricultura e do Mar incentivou as empresas a
invistirem na produção de atum em aquacultura, tal como já se faz
no Algarve com a corvina. Assunção Cristas afirmou Portugal que tem
uma «extraordinária oportunidade de intensificar trabalhos neste
domínio e alcançar o desafio de produzir atum em ciclo fechado», à
semelhança do que já se faz no Japão.
A Ministra que falava a bordo de uma embarcação para a
captura de atum, frente à Fuseta, ao largo de Olhão, após ter
observado atuns presos em armação permanente da empresa Tunipex,
que tem atualmente um cardume com cerca de 1000 exemplares, a serem
alimentados. O atum é capturado e conduzido para a armação na sua
rota migratória. Os atuns ali capturados são transportados por
avião para o Japão, destinados ao mercado do sushi.
Assunção Cristas afirmou que o grande desafio é «encontrar
empresas que possam trabalhar para termos fechado o ciclo do atum -
como temos já o da corvina -, que é não só engordar o atum, mas
produzi-lo desde o início».
Assunção Cristas disse pretender promover uma parceria entre a
Universidade de Kinki e a Universidade do Algarve. A Universidade
de Kinki, em Osaka, tem dois restaurantes nos quais vende o seu
próprio atum, gerando receitas para a investigação. A Ministra
referiu que falou com o reitor da Universidade do Algarve sobre a
possibilidade de ser estabelecida uma parceria com aquela
instituição japonesa, protocolo que envolveria também o Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Tunipex.
Assunção Cristas assistiu ainda à trasfega de corvinas juvenis
para uma jaula oceânica de grandes dimensões onde o IPMA está a
ensaiar a produção de corvina em aquacultura, peixe que, por
enquanto, não é comercializado, sendo doado a instituições
sociais.