A Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, afirmou
que Portugal «tem condições para se tornar num grande ator» na
Europa na produção e comercialização de algas e acrescentou que no
Governo «estamos muito empenhados em apoiar este tipo de projetos,
nomeadamente com verbas do quadro comunitário de apoio, porque
criam mais riqueza, acrescentam valor e geram postos de trabalho
altamente qualificados».
A Ministra visitou a empresa Agalplus, pioneira na produção e
transformação de algas com vista à sua produção contínua para
consumo humano, em Ílhavo, onde participou na transferência de
algas bebés de um laboratório para um tanque, operação feita pela
primeira vez na Europa. As algas eram «erva patinha», a espécie de
alga de maior consumo a nível mundial, também conhecidas como «nori
do Atlântico», usada no sushi.
Assunção Cristas referiu que a partir de agora será possível
permitir abastecer continuamente o mercado, sem estar dependente da
sazonalidade com que a alga é apanhada nas praias.
A Agalplus foi criada em 2011, por dois investigadores
portugueses, Helena Abreu e Rui Pereira, sendo pioneira na produção
e transformação de algas em Portugal, através de um sistema
ambientalmente sustentável, que conjuga as algas com a aquacultura.
Esta empresa associou-se a uma outra (a Materágua) que já praticava
aquacultura, partilhando custos e otimizando infraestruturas.
A Ministra afirmou que este «é o início da fileira das algas,
mais uma área da economia do mar, que pode ter grande importância
na conjugação com a aquacultura» uma vez que Portugal é o segundo
maior consumidor mundial de peixe e tem que o produzir. Para isto
«lançámos 30 novas concessões no Algarve e 40 aqui em Aveiro que,
combinadas com este tipo de cultura, terão maior
sustentabilidade».