Produção de algas, 23 julho 2014
 
2014-07-23 às 13:46

PORTUGAL «TEM CONDIÇÕES PARA SE TORNAR NUM GRANDE ATOR» NA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ALGAS

A Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, afirmou que Portugal «tem condições para se tornar num grande ator» na Europa na produção e comercialização de algas e acrescentou que no Governo «estamos muito empenhados em apoiar este tipo de projetos, nomeadamente com verbas do quadro comunitário de apoio, porque criam mais riqueza, acrescentam valor e geram postos de trabalho altamente qualificados».

A Ministra visitou a empresa Agalplus, pioneira na produção e transformação de algas com vista à sua produção contínua para consumo humano, em Ílhavo, onde participou na transferência de algas bebés de um laboratório para um tanque, operação feita pela primeira vez na Europa. As algas eram «erva patinha», a espécie de alga de maior consumo a nível mundial, também conhecidas como «nori do Atlântico», usada no sushi.

Assunção Cristas referiu que a partir de agora será possível permitir abastecer continuamente o mercado, sem estar dependente da sazonalidade com que a alga é apanhada nas praias.

A Agalplus foi criada em 2011, por dois investigadores portugueses, Helena Abreu e Rui Pereira, sendo pioneira na produção e transformação de algas em Portugal, através de um sistema ambientalmente sustentável, que conjuga as algas com a aquacultura. Esta empresa associou-se a uma outra (a Materágua) que já praticava aquacultura, partilhando custos e otimizando infraestruturas.

A Ministra afirmou que este «é o início da fileira das algas, mais uma área da economia do mar, que pode ter grande importância na conjugação com a aquacultura» uma vez que Portugal é o segundo maior consumidor mundial de peixe e tem que o produzir. Para isto «lançámos 30 novas concessões no Algarve e 40 aqui em Aveiro que, combinadas com este tipo de cultura, terão maior sustentabilidade».

Tags: mar, inovação, alimentação, sustentabilidade