Assembleia da República, 8 novembro 2013
 
2013-11-08 às 16:06

500 NOVAS ADMISSÕES PARA A PSP E GNR PARA «GARANTIR QUE PORTUGAL CONTINUA A SER UM PAÍS E UM DESTINO SEGURO»

O Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que em 2014 serão admitidos 100 novos elementos para a PSP, 400 para a GNR e novos inspetores para o SEF. Estas declarações foram feitas na audição das comissões de Orçamento, de Direitos, Liberdades e Garantias, e de Obras Públicas no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2014, na Assembleia da República.

Em relação à admissão de 100 novos elementos para a PSP, o Ministro referiu que já assinou o respetivo despacho. Quanto à admissão de novos elementos para a GNR, será faseada em dois grupos de formação de 200 militares cada ao longo de 2014. Miguel Macedo referiu também que o Ministério das Finanças já emitiu um parecer favorável para recrutar novos inspetores para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

«No próximo ano, há dificuldades do ponto de vista orçamental», afirmou Miguel Macedo, realçando: «Mas não vai estar em causa a operacionalidade das forças de segurança» e «o objetivo estratégico é garantir que Portugal continua ser um país seguro e um destino seguro». Em 2014, a GNR vai receber 836 milhões de euros, menos 9% do que em 2013, e PSP vai ter um orçamento de 698 milhões de euros, também menos 9% do que este ano, enquanto o SEF vai receber 73,8 milhões de euros de orçamento, menos 2% do que em 2013.

A proteção civil «vai ter um reforço de verbas, que será canalizado para as corporações de bombeiros», afirmou Miguel Macedo, acrescentando que em 2014 «vão ser instalados 2600 terminais para o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP), o que vai incrementar a comunicação entre todos os agentes de proteção de civil». O Ministro acrescentou também que «está em preparação a renegociação da parceria público-privada do SIRESP, para produzir ganhos em 2014 para o Estado português». «O SIRESP será também alvo de uma avaliação em 2014, tendo para o efeito sido assinado um protocolo com a Anacom».

Por outro lado, «já está em circulação o diploma que conclui a extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA). Com as alterações orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) foi criada a direção nacional de meios aéreos, estrutura para onde vai transitar a EMA», explicou. A ANPC terá um orçamento de 128,1 milhões de euros no próximo ano, mais 500 mil euros do que em 2013.

O Ministro referiu-se ainda ao problema dos militares da GNR na situação de reserva, afirmando que «a reserva vai passar de cinco para dois anos. Nós vamos reduzi-la de forma progressiva (...) seis meses em cada ano». Segundo o programa orçamental da segurança interna para 2014, os elementos da GNR na reserva passaram de 1982 (em 2009) para 6570 (em 2013), representando mais de 23% do número total de militares da GNR, que passam à situação de reserva com 36 anos de serviço ou com 55 anos de idade.

Acerca dos serviços de assistência na doença da GNR e da PSP, Miguel Macedo explicou que «está a decorrer a convergência deste sistema para a ADSE».

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